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  Capítulo 04 – O ombro de Athos, o boldrié de Porthos e o lenço de Aramis. “------ Decididamente, não vejo como escapar, mas, pelo menos, se eu morrer, será pelas mãos de um mosqueteiro.” (Palavra final de D’Artagnan sobre os acontecimentos deste capítulo; página 68 – Os três mosqueteiros). D’Artagnan   avistou seu arqui-inimigo da janela de Tréville e saiu como um foguete   em busca de vingança, descendo as escadarias do palácio. Porém, como estava esbaforido, esbarrou no ombro machucado do mosqueteiro Athos, que não deixou barato: “(...) ------- Senhor apressadinho, o senhor me encontrará sem correrias, compreende? --------- E onde isso, por favor? --------- Perto dos Carmelitas Descalços. --------- A que horas? --------- Por volta do meio-dia. ----------Por volta do meio-dia, está bem, lá estarei. (...) ” (Trecho do diálogo entre Athos e D’Artagnan; página 62 – Os três mosqueteiros) Ainda com muita pressa, pois não podia perder o tal fidalgo que havia lhe ro
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  Capítulo 03 – A Audiência “... porém, aproximando-se quase ao mesmo tempo da antecâmara e fazendo a d’Artagnan um sinal com a mão, como que pedindo permissão para terminar com os outros antes de começar com ele, chamou três vezes, engrossando a voz a cada uma delas, de maneira que percorreu todos os intervalos entre a ênfase imperativa e a injunção irritada:   ---- Athos! Porthos! Aramis! Tréville expõe o desejo do rei em buscar outros mosqueteiros devido ao ocorrido exposto pelo Sr. Cardeal. (...) quando finalmente o sr. Tréville percorreu três ou quatro vezes, silencioso e com o cenho franzido, todo o comprimento de seu gabinete, passando a cada vez diante de Porthos e Aramis, ambos imóveis e mudos como em uma revista das tropas, o capitão se deteve subitamente diante deles e, cobrindo-os dos pés à cabeça com um olhar irritado, explodiu: ------ Sabem o que me disse o rei, ainda ontem à noite? Sabem cavalheiros? ” (Trecho da conversa entre Tréville e os mosqueteiros Aramis
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  Capítulo 02 – A antecâmara do sr.Tréville “Muitos podiam adotar como divisa o epíteto forte , que formava a segunda parte de seu mote, mas poucos fidalgos podiam reclamar o epíteto fiel , que formava a primeira. Tréville era um destes últimos, uma dessas raras combinações de inteligência obediente, como a do cão dinamarquês, cega por natureza, olho rápido e mão ágil, a quem o olho não fora concedido senão por ver se o rei estava descontente com alguém, e a mão, senão para golpear esse pertinente(...)logo o rei nomeou Tréville capitão de seus mosqueteiros, que eram para Luís XIII, pela dedicação, ou antes pelo fanatismo, o que os ordinários eram para Henrique III e o que a guarda escocesa era para Luís XI.” (Trecho da descrição da história deTréville; página 41 – Os três mosqueteiros) Bem se vê que o apreço do Rei por Tréville o recompensou ao longo de seu serviço com o cargo de capitão dos mosqueteiros, àqueles que eram escolhidos a dedos para servir a Vossa Majestade, o Rei. Po
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  Capítulo 01 – Os três presentes do sr d’Artagnan pai “...você é jovem, e deve se bravo por duas razões: a primeira é por ser gasgão, e a segunda, por ser meu filho. Não se furte as oportunidades e procure as aventuras. Ensinei-lhe o manejo da espada; você em um jarrete de ferro, um punho de aço. Bata-se por qualquer motivo, ainda mais que os duelos estão proibido, havendo por conseguinte, duas vezes ,ais coragem em se bater. Só tenho para lhe dar, meu filho, quinze escudos, meu cavalo e os conselhos que acaba de ouvir. A isto sua mãe acrescentará a receita de certa pomada que ela recebeu de uma cigana, cuja virtude milagrosa pode curar qualquer ferida que não seja do coração. Faça bom uso de tudo, viva alegremente e por muito tempo”. (Trecho do conselho do Sr.D’Artagnan pai ao seu filho; página 28 – Os três mosqueteiros) Depois dos conselhos recebidos por seu pai e uma carta de recomendação para o Sr. Tréville, a quem o pai estimava e era chefe da guarda dos mosqueteiros e, com i
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  Contexto histórico – pós-guerra dos 30 anos Entre 1618 e 1648, na Europa Central, aconteceu a  Guerra dos Trinta Anos , a qual, na história europeia, foi um dos conflitos de maior mortalidade. A motivação inicial para inicia-la foram as diferenças religiosas existentes entre cristãos católicos e protestantes, porém foi tomando outros caminhos. Havia interesses políticos, que envolviam a expansão territorial, econômicos e, até mesmo, a hegemonia na Europa.Dessa forma, tornaram-se questões relevantes e motivaram uma série de países, como França, Países Baixos, Dinamarca e Espanha, a interferirem no conflito. O acordo que colocou fim em tudo trouxe transformações significativas para a Europa na posteridade. Entretanto, ainda havia uma rivalidade muito grande entre a Inglaterra e a França e uma “leve” desavença mal resolvida com a Espanha. E é, nesse contexto, em 1648, um jovem que gasgão chamado D’Artagnan, com o desejo de se tornar um mosqueteiro do Rei, começa a sua jornada com